terça-feira, 19 de setembro de 2017

Uma Forma de Amar na Cozinha da Marta

Foi há cerca de 6 meses que ouvi falar do livro da Marta Varatojo e, relembrando os tempos de faculdade em que era frequentadora assídua do refeitório macrobiótico, decidi aventurar-me nesta leitura e compreender um pouco melhor o conceito que lhe serve de tema.


Não fiquei arrependida, pois este não pretende ser mais um livro de receitas. Há toda uma contextualização da macrobiótica, que ao contrário do que alguns pensam não é sinónimo de agora-só-como-vegetais. É um estilo de vida que vai muito além de uma dieta alimentar. Gostei particularmente de compreender a sua ligação com os princípios orientais de Yin e Yang - desconhecia tal relação, confesso! 

Cozinha

De facto, são várias as aprendizagens que podemos fazer ao longo do livro, mesmo sem qualquer pretensão de mudar radicalmente a forma como nos alimentamos. Nos últimos 6 meses, aos poucos, fui introduzindo algumas alterações na minha alimentação, inspiradas nesta cozinha da Marta (e não só), e os resultados refletem uma sensação genuína de bem-estar. Longe de me considerar uma persona macrobiótica, penso que é conhecendo os alimentos e aquilo que nos podem trazer (de bom e mau) que conseguimos gerir a nossa alimentação da melhor forma.

E, às vezes, pequeninas mudanças fazem toda a diferença.

sábado, 9 de setembro de 2017

Morte Anunciada, Verão e um Recomeço | #semanaemrevista 23 a 36

|MORTE ANUNCIADA|
E quando todos pensavam que a rubrica tinha morrido, ela ressuscita que nem Jon Snow-Stark-Targaryen.

Na verdade, pensei em não dar continuidade a esta rubrica. A dada altura senti que não havia nada de interessante para contar. Poderia ainda acrescentar que não tive tempo, como tantas vezes costumamos dizer, pois o trabalho em final de ano letivo ocupa-nos grande parte dos dias. Corrijo: não estava a fazer a melhor gestão do tempo e estava cansada. Por isso, avançar com esta rubrica só porque sim não fazia sentido para mim.

Recomeço
Photo: missgetaway.com
Assim, dei como morta a rubrica.

Mas o Verão chegou. E, com ele, a renovação.
Agora faz sentido, por isso a rubrica ressuscitou.

|VERÃO|
Pela primeira vez, as férias fizeram-se em casa.

Estava previsto: abdicar temporariamente das nossas viagens [lágrimas] para nos dedicarmos em exclusivo à nova casa. Foi um ano de muitas obras e as férias de verão não foram exceção. Só que em versão light: a perfeita combinação entre uma hora de aparafusadora e uma hora de banhos de sol. E as coisas foram acontecendo sem pressas e ao som dos passarinhos.

Fisicamente, o descanso não reinou, mas a mente agradeceu imenso estes dias. O botão do trabalho foi desligado com autorização para só voltar a ligar em setembro. E, aos poucos, deu-se o despertar de tantas coisas.

Recomeço
O meu Dolce Fare Niente (agora furado)
Namorei a minha cozinha e armei-me em Masterchef. Fui ao cinema a meio da tarde e vi um filme de terror (continuo a odiar). Comi gelados e bebi imperiais. Dei mergulhos (muitos) e joguei ao Mata (poucas vezes, sobrevivi). Bebi café no alpendre e cusquei as notícias cor de rosa. Experimentei novos alimentos e aprendi a gostar de abacate. Fiz tranças e raramente me maquilhei. Tirei fotografias e partilhei. Não usei relógio e tentei adivinhar as horas pelo sol (não falhei por muito). Calcei ténis e chinelos e andei descalça. Recebi pessoas até à noitinha e aceitei convites inesperados (aqui). Dancei, pulei e ri às gargalhadas (dentro e fora de água). Comi caracois e fui ao mercado bem cedinho. Li muito e aprendi coisas novas.

Nem todos os dias foram coloridos, mas fui feliz.

|RECOMEÇO|
O melhor deste verão foi ter tido tempo (corrijo: "aproveitado o tempo") para pensar na vida que levamos. Horários, correrias, stress, ansiedade. Depois: o cansaço, a má alimentação, os vícios, o sedentarismo. Resultado: ficamos surpreendidos quando percebemos o tempo que já passou de um acontecimento a outro; olhamos para o espelho e até nos apetece dar os pêsames ao nosso reflexo; sentimos que a vida está a passar tão rápido que não "temos" tempo para fazer tanta coisa que gostaríamos. E adiamos tudo novamente.

Não há nenhuma receita milagrosa para combater este problema. Na verdade, o tempo foi uma criação do Homem, que ironicamente decidiu estar sempre a desafiar. O que realmente está a passar por nós é a vida. Será que precisamos esperar pelas férias para fazermos as coisas que tanto gostamos?!

E foi esta questão que me fez tomar algumas decisões em jeito de "Resoluções de Ano Novo" (Setembro sempre foi o meu primeiro Janeiro)!
  • Estabelecer prioridades: tudo começa aqui. Nem tudo tem de ser para ontem, porque o hoje vai estar saturado, a pensar num amanhã que não é de ninguém. O que realmente é importante fazer agora? Começamos por aqui, então...
  • Alimentação: saudável, sempre que possível. Não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que altero a alimentação na tentativa de me ver livre dos excessos. Que é como quem diz, das gordurices que se alapam a nós que nem mexilhões horripilentos. Já perdi a conta a tantas leituras sobre alimentos e regimes alimentares. Não sei se é desta. Só sei que estou a fazer por isso e o caminho vai ser longo...
  • Exercício: a mais difícil de todas. Comecei, de facto, a fazer exercício. Agora poderia dizer-vos que me sinto muito mais focada, descontraída, em paz com o mundo e já não vivo sem o meu exercício. Mentira! Na verdade, o que sinto é DOR! Nos bracinhos, nos abs (não se veem, mas dizer "barriga" é foleiro), nas perninhas, nas badanas do rabo... meus amigos, TODA EU SOU DOR! E agora poderia dizer-vos que é sinal de que o corpo está a mudar e a agradecer o meu esforço e um blablabla super motivacional. Mas eu preferia mesmo era estar sossegadinha no sofá, a ver uma série, enquanto estas mudanças se davam de forma mágica! Verdade seja dita: não faço isto de boa vontade, já pensei em desistir milhentas vezes e começo a pensar que se calhar até viveria muito feliz com os meus mexilhões! Enquanto houver uma réstia de energia mental (porque a física já se foi), vou dando ao canelo, pois (ainda) acredito que lá no fundo vou encontrar uma sensação de bem-estar qualquer que não me assiste para já...
Recomeço
Nada como um corte de cabelo para recomeçar...
Partilho, assim, estas resoluções com o intuito de as tornar um compromisso. Uma estratégia para não falhar como tantas outras vezes, porque no que toca a tentativas sou uma pro!

Aliás, esta é mais uma tentativa e, embora a probabilidade de não ter sucesso seja enorme, resta insistir.
Será desta?!

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

É verdade: fui ver uma tourada.

Embora seja uma vila com uma zona ribeirinha fantástica, de olhos postos no Tejo, as minhas poucas visitas a Alcochete têm tido como alvo as famosas (e maravilhosas) fogaças ou o Freeport, aquele gigante abandonado, mas apinhado de turistas.

No mês passado decorreram as muito conhecidas Festas do Barrete Verde e das Salinas. Nunca fui frequentadora destas festas, mas este ano tive um convite para ir assistir à Corrida de Toiros prevista para o último dia. A minha expressão imediata denunciou o desagrado, mas realmente nunca tinha assistido a nenhuma. Este facto não invalidava a minha opinião de que se trata de uma atividade brutal e primitiva. Ainda assim, aceitei na expetativa de compreender (pelo menos, um bocadinho) o encanto da coisa.

verdade
Nota: levar calçado adequado a toneladas de areia...
Importa referir que o meu conhecimento na área da tauromaquia é nulo, por isso perdoem-me os entendidos por alguns episódios de ignorância.

Começámos logo bem, quando nos dirigimos para a Praça de Touros em cima da hora do início. O "espetáculo" começou e nós tentávamos entrar, enfiados numa fila enorme, de onde se ouviam alguns protestos contra a organização. Pelo que percebi, perdemos uma parte muito gira que acontece no início (as cortesias?). Quando entrámos, embora houvesse lugares marcados, não conseguimos chegar até estes, pois as escadas de acesso estavam entupidas de gente. Restou-nos assistir também nas escadas em modo "sardinha enlatada" até ao intervalo. A segunda parte foi um pouco mais cómoda.

verdade
Quase, quase em modo "sardinha enlatada"
Ora...e o que gostei deste espetáculo, perguntam vocês?!
Gostei da companhia. Gostei dos trajes dos cavaleiros e forcados (nada como uma boa recriação histórica). Gostei do ambiente animado nas ruas. Gostei da vista sobre o Tejo. E basicamente foi isso. Ah! E gostei da parte em que os cavaleiros desfilam pela praça apanhando os pertences que voam do público, devolvendo-os após um beijo. Na verdade, para verem a minha nulidade de entendimento, a primeira vez que aconteceu, pensei que alguém deixara cair o lenço e o cavaleiro apenas tinha sido um simpático em apanhar. Depois é que percebi o ritual. E claro que me imaginei logo a atirar umas meias mal cheirosas ou uma fralda já usada para ver se o entusiasmo era o mesmo... Adiante...

verdade
Ora aqui está a devolução do pertence
em jeito de "não é o meu tamanho, toma lá!"
verdade
Os protagonistas na arena
Não gostei (como previa) do sofrimento dos animais. Touros que são colocados em arena apenas para serem desafiados e massacrados. Cavalos que são treinados para desafiar touros, correndo o risco de levar uma cornada.

A tauromaquia é definida como a "arte de lidar touros bravos", como se fosse uma espécie de chá das cinco entre Nelson Mandela e Kim Jong-un. Para mim, é apenas uma atividade, entre tantas que já existiram ao longo da História, onde o Homem tenta demonstrar ser superior ao animal feroz, enquanto o brutaliza até à morte (muitas vezes, num confronto desigual). Em Portugal, "felizmente", ficamo-nos pelo sofrimento.

Compreendo a importância das tradições e até defendo que devam existir pelo bem da individualidade que caracteriza as diferentes gentes. Mas, a par da evolução destas gentes, também as tradições evoluem. Se assim não fosse, continuávamos a vibrar com o sangue dos gladiadores romanos, a queimar bruxas na fogueira, a aplaudir mortes ao vivo em praça pública ou a fazer sacrifícios animais (e não só) em prol dos deuses.

Continuo sem compreender as touradas.

verdade
Depois admiram-se...
verdade
E agora sem o paninho?!

sábado, 2 de setembro de 2017

Vamos às Compras?! #17

Embora seja altura de regressar à rotina profissional, o verão ainda não fez as malas.
Por isso, há que aproveitar os dias que restam ao tom bronzeado e ser sol neste recomeço.



(clica nas imagens para mais detalhes)

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