segunda-feira, 25 de maio de 2015

Bem-Vindos a Évora!

Lembram-se dos sinais dos deuses (aqui)?! Eles é que sabem... Afinal era um sinal da deusa da caça, da lua e da castidade, que me fez rumar a Évora.

O hotel
Acabadinho de estrear, o novo Vila Galé Évora abriu portas em maio de 2015 e está espetacular. Uma decoração moderna num conceito open space dá luz e liberdade ao espaço que é muito acolhedor. O cante alentejano percorre as paredes do hotel ao jeito da poesia no Palácio dos Arcos, acompanhado de ilustrações desta tradição do Alentejo hoje reconhecida como Património Imaterial da Humanidade.
Gostei do pormenor das maçãs (embora seja suspeita no que toca a esta fruta...), que eram colocadas diariamente no quarto.
Ainda que tenha sido curta a visita, deu para perceber que o serviço de qualidade Vila Galé mantém-se também aqui. Contudo, ainda foi um bocadinho caótico o período do pequeno-almoço: filas desnecessárias devido a alguma lentidão e desorganização na gestão deste serviço. Pequenos detalhes que ainda precisam ser limados...

Recomendo!
Gastronomia
O que se pode dizer sobre a gastronomia quando estamos em qualquer cantinho português? É para desagraçar a vida a uma pessoa! Por esta zona, desde os pratos regionais à doçaria conventual, há todo um inferno de tentações que nos fazem chorar mais tarde (esta vai ser uma semana de penitência...). E o vinho nem vale a pena falar. É alentejano, o meu preferido. E mundialmente reconhecido. Uma looooonga semana de penitência...

A cidade (isto vai ter História, aviso já...)
Ebora Liberalitas Iulia (daí os habitantes designarem-se "eborenses") torna-se cidade em homenagem a Júlio César, no tempo dos romanos (cujas sandálias são este ano moda...). E é dos romanos que ficam muitas heranças nesta cidade, como é o caso do famoso Templo de Diana.
Mais tarde, andavam os nossos Afonsinhos a tentar despachar os mouros, tornou-se famoso o cavaleiro Geraldo sem Pavor que, como o nome indica, devia ser um doido tipo Spartacus que, no século XII, lá mandou os mouros com um bilhete de ida e continuou a persegui-los por outras terras alentejanas. Évora era portuguesa e hoje a Praça do Giraldo é o mais conhecido ponto de encontro da cidade.
Outro local de visita obrigatória é a famosa Capela dos Ossos, que se situa na Igreja de São Francisco (atualmente em grandes obras de restauração). O espírito da época (século XVII) remetia para a transitoriedade da vida, como se lê na entrada: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos". E no interior paredes e colunas estão forradas a ossos e caveiras, num estilo que ficava a "matar" num quarto de qualquer adolescente gótico. Por isso, já sabem: se o cemitério estiver sobrelotado, larguem as carnes ao mar e encaminhem para aqui os ossos, que em caso de extensão da capela dá sempre jeito mais wallpaper.
Mais uma visita: o Palácio dos Duques de Cadaval. Uma casa senhorial de longa história, cuja família é uma ramificação da Casa de Bragança, a nossa última dinastia. Ou seja, se voltássemos a ser monarquia agora, tínhamos aqui família real. Foi interessante ver a reconstituição histórica das salas e bens, embora não compreendesse muito bem o contexto histórico de uma sala recheada de malas Louis Vuitton. Não gostei: de ver a biblioteca por um canudo. É que a mala Louis Vuitton ainda lhe conseguia tocar, mas os livros nem cheirá-los!

Post sem contrapartida publicitária, suportado apenas pela minha real gana (e o meu real paladar). Mas até dava jeito...

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